Tratamento Compensatório da Má Oclusão de Classe II com Aparelho Fixo Estético
Prof. Dr. Luiz Filiphe Canuto
Mestre e Doutor em Ortodontia pela USP-Bauru/SP. Pós-doutor em Ortodontia USP- Bauru/SP. Conferencista da ORTO-SPO 2012/14 e CIOSP E SPO/18 (Orthometric). Consultor científico do American Journal of Orthodontics and Dentofacial, The Angle Orthodontist, e OrthoScience (Orthodontic Science and Practice). Coordenador dos cursos de Especialização em Ortodontia do CEAO/FACOP-Recife e FACSETE-Caruaru. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da ABO-PE/Recife. Clínica privada na área de Ortodontia. Idealizador e Coordenador do Curso de Excelência em Ortodontia – Recife/PE.
Introdução:
O tratamento compensatório das diferentes más oclusões esqueléticas mostra-se bastante desafiador com frequência. Nesse contexto, a colaboração dos pacientes, associada ao uso de bons fios e acessórios podem ser fatores decisivos para se optar pela abordagem não-cirúrgica e com boas possibilidades de sucesso.
Dentre as mecânicas compensatórias para o tratamento de pacientes Padrão II podemos destacar: os diferentes mecanismos de distalização de molares superiores, associados ou não a ancoragem esquelética, extrações de pré-molares, os propulsores mandibulares fixos e os elásticos de Classe II.
Passo a Passo do Caso Clínico:
Figura 1: Na análise facial inicial observa-se um perfil deficiente, ângulo nasolabial aberto e interposição labial inferior.
Figura 2: Na avaliação intrabucal inicial observa-se uma relação de Classe II completa bilateral, mordida cruzada posterior unilateral esquerda e trespasse horizontal acentuadamente aumentado.
Figura 3: Telerradiografia e radiografia panorâmica iniciais.
Figura 4: Optou-se pelo uso de Elásticos de Classe II, iniciando seu uso no segundo fio de nivelamento
(.014 x .025 NITI Copper ALX – Orthometric). Após 15 meses de uso exclusivo e intergral dos elásticos, observou-se a correção da relação sagital. Para a correção transversal optou-se por arcos de nivelamento superior expandidos.
Figura 5: Na análise facial final observa-se uma significativa melhora no aspecto facial, sem impactos negativos no ângulo nasolabial e presença de selamento labial.
Figura 6: Na análise intrabucal final observa-se uma boa relação oclusal.
Figura 7: Antes e depois - Aspecto facial inicial e após tratamento ortodôntico e rinoplastia.
Conclusões:
O sucesso da abordagem compensatória da má oclusão de Classe II está diretamente relacionada ao nível de colaboração do paciente e ao conjunto de opções terapêuticas que o profissional pode fornecer para uma mesma situação clínica. Opções simplificadas também podem ser excelentes alternativas.
Produtos utilizados no Caso Clínico:
• Braquete em Porcelana ICERAM Roth .022’ - Orthometric
• Arco .014’ Flexy Niti Copper ALX - Orthometric
• Arco .014’ x .025’ Flexy Niti Cooper ALX - Orthometric
• Arco Flexy Niti .019’ x .025’ Superelástico – Orthometric
• Arco Aço .019’ x .025’ SS Pré-contornado – Orthometric
• Elastico Intraoral Latex 3/16’ – Orthometric
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Bishara, S.E., Cummins, D.M., Zaher, A.R. Treatment and posttreatment changes in patients with Class II, Division 1 malocclusion after extraction and nonextraction treatment. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1997;111:18–27
Janson G. et al. Correction of Class II malocclusion with Class II elastics: a systematic review. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2013;143(3):383-92.
Jones, G., Buschang, P.H., Kim, K.B., Oliver, D.R. Class II non-extraction patients treated with the Forsus fatigue resistant device versus intermaxillary elastics. Angle Orthod. 2008;78:332–338.
Nelson, B., Hansen, K., Hägg, U. Class II correction in patients treated with Class II elastics and with fixed functional appliances: a comparative study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2000;118:142–149.